Popularmente há uma tendência em se julgar a sanidade da pessoa, de acordo com seu comportamento, de acordo com sua adequação às conveniências sócio-culturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc.
Medicamente, entretanto, Doença Mental pode ser entendida como uma variação mórbida do normal, variação esta capaz de produzir prejuízo na performance global da pessoa (social, ocupacional, familiar e pessoal) e/ou das pessoas com quem convive.Organização Mundial de Saúde diz que o estado de completo bem estar físico, mental e social define o que é saúde, portanto, tal conceito implica num critério de valores (valorativo), já que, lida com a idéia de bem-estar e mal-estar.
Quem é louco ou quem é normal é um assunto que tem estimulado discussões infindáveis. Muitas vezes as pessoas afirmam, num desabafo e por razões pejorativas, que “fulano é louco”. Fazem isso não com intenção de atribuir um diagnóstico, como fariam com outra doença, como por exemplo “fulano é diabético”, mas com intenções francamente ofensivas.vezes, de acordo com certas conveniências, as pessoas lançam mão da retórica cansativa sobre a impossibilidade de rotular-se alguém de louco, uma vez que a definição do normal é imprecisa. Mas isso é mentira.
Pelo critério estatístico, normal seria o mais freqüente, numericamente definido, aquilo que é compatível com a maioria. Em medicina, de um modo geral, ao se estabelecer a dosagem normal de glicose no sangue das pessoas, verificou-se a média das dosagens num grupo de indivíduos tomando-a como padrão de normalidade. Da mesma forma como se fez com tantos outros parâmetros antropológicos de normalidades: pulsação, tensão arterial, correspondência peso-altura, duração do ciclo menstrual, acuidade visual, etc.
As Doenças Mentais têm cura tanto quanto as doenças da cardiologia, da endocrinologia, da reumatologia, da neurologia e assim por diante. A medicina tem como primeira obrigação definir se a pessoa que a procura É ou ESTÁ doente. Se estiver doente, a possibilidade de cura definitiva é enormemente maior do que nos casos da pessoa ser doente.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
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