domingo, 23 de agosto de 2009

Etapas do processo de Apoptose

Mecanismo da Apoptótico



1.Vias sinalizadoras: estímulos apoptóticos constituindo-se em sinais intracelulares como hormônios, fatores de crescimento e citocinas participam intensamente da inibição da apoptose enquanto que o TNF (receptor RTNF1 ativado), agentes físico-químicos lesivos, glicocorticóides atuando em receptores nucleares, radiações, hipóxia-anóxia, vírus estimulam o mecanismo apoptótico.
2.Controle e Integração: a transmissão direta de sinais se dá através de proteínas adaptadoras como a FAS (FAS-FAS). Outra proteína reguladora encontra-se na mitocôndria (membrana) denominando-se Bcl-2, são proteínas reguladoras da função e atividade mitocondrial: induzem TPM e liberação do citocromo C quando estimulados pelos genes Bax e Bad (pró-apoptóticos) enquanto que o gene Bcl-XL inibe a atividade apoptótica via Bcl-2. Outro fator importante a ser considerado é o fator ativador de proteases pró-apoptóticas (Apaf-1) – este fator liga-se ao citocromo C ativando uma série de reações químicas e também proteínas pró-apoptóticas como Caspases, ativam também a proteólise. A ligação do Bcl-2 protege a célula seqüestrando Apaf-1 – há interação entre o Bcl-2/Apaf-1 bloqueando a ativação das caspases (diminuição da atividade catalítica).
3.Fase de Execução: esta é a fase onde consideramos a via final da apoptose – a cascata proteolítica esta ativada sendo as proteases desta cascata constituída por caspases. As caspases, por sua vez, são cisteína-proteases que clivam resíduos de ácido aspártico. Em geral consideramos a atividade de duas principais caspases: Caspase 9 sendo ativadas com o envolvimento do citocromo C e Apaf-1 e Caspase 8 ativadas pela ligação da FAS-RFAS. Não devemos esquecer que na verdade há uma grande família de caspases mas para efeito didático só considerei duas delas.

Apoptose é o nome dado à morte celular programada.Na diferenciação dos organismos e formação dos tecidos, a proliferação celular precede a diferenciação e a apoptose tem como função eliminar as células excedentes no processo. Além disso, células que tiveram a estrutura ou o DNA alterado por estímulos nocivos (quebra de DNA, infecção viral) também sofrem apoptose. Dessa forma, o processo pode ser compreendido como um mecanismo de manutenção da qualidade dos tecidos, eliminando as células danificadas.
Para o surgimento do câncer, é necessário que uma célula danificada por uma mutação permaneça viável, isto é, funcionante no que diz respeito à sua manutenção, e que se prolifere de maneira desordenada. A proliferação desordenada e a tendência à imortalidade de um clone celular defeituoso são os dois principais mecanismos patogênicos do câncer. A apoptose, que normalmente regularia o processo de morte da célula defeituosa, é falha em um grande número de neoplasias. Para compreender como as falhas na apoptose podem levar ao surgimento do câncer, é necessário detalhar o processo, identificando os principais genes envolvidos.

Grau da Lesão hepática

Calcificações patológicas

A calcificação patológica constitui um procewsso mórbido de origem nas alterações metabólicas celulares. Essas alterações minerais heterotopicamente(em locais onde não é comum a sua deposição)
Dependendo da situação envolvida em cada alteração funcional ou morfológica do tecido, podem-se distinguir três tipos de calcificações patológicas:
> Distrofica-(Inscrustação de sais em tecidos previamente lesados, com processo regressivos ou necrose)
> Metastática-(Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em tecidos onde não exista necessariamente lesão prévia)
> Calculose(ou litíase)-(Calcificação em estruturas tubulares diferentes de vasos sangüineos)
> Idiopática-(Não tem relação nem com tecidos lesaods(distróficxa) nem com hipercalcemia(metastática))

Causas das lesões celular

> Hipóxia- Isquemia:Lesão mais comum em medicina clinica.Lesão reversível:primeiro ponto de ataque da hipóxia e na respiração aeróbica da celula,isto é, na fosforilação oxidativa pela mitôndrias que diminui o ATP.
> Agentes físicos
> Agentes quimicos e drogas- substâncias químicas são convertidas em metabolitos toxicos(ex: paracetamol)
> Agentes infecciosos
> Reações imunológicas
> Distúrbios geneticos
> Desequilíbrios nutricionais

sábado, 15 de agosto de 2009

Apoptose:quando a célula programa a própria morte!


Batizado de apoptose, o suicídio celular programado tem papel importante em diversos processos vitais e em inúmeras doenças. Sua investigação pode ajudar a desenvolver novas terapias e medicamentos.

Muitas células de um organismo morrem para que o conjunto sobreviva. Assim como é preciso gerar novas células para manter processos vitais, é imprescindível eliminar as supérfluas ou defeituosas. No indivíduo adulto, se a multiplicação das células não é compensada de modo preciso por perdas, os tecidos e órgãos crescem sem controle, o que pode levar ao câncer. O que estudos recentes revelaram, porém, é que muitas células carregam instruções internas para "cometer suicídio" no momento em que não são mais úteis ao organismo. Tais instruções são executadas, como um programa, quando certos comandos são acionados.

Essa morte programada só atraiu o interesse dos cientistas nos últimos anos, mas sua compreensão já avançou muito. A morte de células já era conhecida há muito tempo, mas acreditava-se que era sempre prejudicial ao organismo. Hoje, ao contrário, sabe-se que seres pluricelulares só atingem sua forma final porque eliminam de modo seletivo certo número de células. A rã e os insetos são exemplos bem familiares. A rã inicia a vida como girino, forma adaptada ao ambiente aquático. Depois, ganha outras estruturas para viver em terra e ao mesmo tempo ter nadadeiras, guelras e a cauda. Essas perdas decorrem da morte das células. Nos insetos, a mudança de larva para animal adulto (de lagarta para borboleta, por exemplo) exige a morte de milhões de células.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Alterações da Necrose


As alterações celulares da necrose se dão, principalmente, nos núcleos:
1) Picnose: o núcleo apresenta um volume reduzido e torna-se hipercorado, tendo sua cromatina condensada; característico na apoptose;
2) Cariorrexe: a cromatina adquire uma distribuição irregular, podendo se acumular em grumos na membrana nuclear; há perda dos limites nucleares;
3) Cariólise ou cromatólise: há dissolução da cromatina e perda da coloração do núcleo, o qual desaparece completamente;
4) Eosinofilia celular: consiste em granulações e espaços irregulares no citoplasma decorrentes de alterações lisossomais e mitocondriais. o citoplasma perde a leve basofilia que lhe é característica, passando a cor-de-rosa forte (afinidade pela eosina).

Processos Bioquímicos da Necrose

A imagem nos mostra e explica uma forma bem clara todo o processo
Bioquímico da Necrose.!!

tipos de NECROSE

1- Necrose por coagulação (isquêmica): causada por isquemia local. É freqüentemente observada nos infartos. Há perda da nitidez dos elementos nucleares e manutenção do contorno celular devido à permanência da membrana celular. 

2- Necrose por liquefação: o tecido necrótico fica limitado a uma região, geralmente cavitária, havendo a presença de grande quantidade de neutrófilos e outras células inflamatórias (pus).
É comum em infecções bacterianas;
- Pode ser observada nos abscessos e no sistema nervoso central;
- As células necróticas são removidas rapidamente por fagocitose em toda a área necrótica. 

3- Necrose caseosa: tecido esbranquiçado, granuloso, amolecido, com aspecto de "queijo friável". Microscopicamente, o tecido exibe uma massa amorfa composta predominantemente por proteínas. É um tipo especial de necrose coagulativa que se instala no meio da  reação inflamatória provocada por certas doenças, principalmente a tuberculose.

4- Necrose fibrinóide: o tecido necrótico adquire uma aspecto hialino, acidofílico, semelhante a fibrina. Pode aparecer na aterosclerose, na úlcera péptica etc.

5- Necrose enzimática: ocorre quando há liberação de enzimas nos tecidos; a forma mais observada é a do tipo gordurosa, principalmente no pâncreas, quando pode ocorrer liberação de lipases, as quais desintegram a gordura neutra dos adipócitos desse órgão.

6- Necrose hemorrágica: quando há presença de hemorragia no tecido necrosado; essa hemorragia às vezes pode complicar a eliminação do tecido necrótico pelo organismo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Diferença básia entre NECROSE e APOPTOSE

Necrose é a manifestação final de uma célula que sofreu lesões irreversíveis.
O conceito de morte somática envolve a "parada definitiva das funções orgânicas e dos processos reversíveis do metabolismo".


NECROSE---> Morte celular ou tecidual acidental em um organismo ainda vivo, ou seja, que ainda conserva suas funções orgânicas.

APOPTOSE---> Mecanismo de morte programada e natural da célula, para a manutenção do equilíbrio tecidual.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Acúmulos Intracelulars

DEGENERAÇÕES E PIGMENTAÇÕES (Acúmulos intracelulares)

Uma das manifestações dos transtornos metabólicos celulares é o acúmulo intracelular de quantidades anormais de várias substâncias, causando processo regressivo reversível e dano celular subletal


Substâncias armazenadas:
I – Substância natural da célula acumulada em excesso (água, lipídios, proteína e carboidratos);
II – Substância anormal exógena (mineral ou produtos de agentes infecciosos) ou endógena (síntese anormal);
III – Pigmento (Substâncias coloridas)